Frente parlamentar reúne pesquisadores, médicos, pacientes, representantes da indústria e da sociedade civil para discutir políticas públicas e pressionar por representatividade
A última quarta-feira (31) foi marcada por mais uma etapa na caminhada pelos direitos canábicos. Foi relançada, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial.
A comissão, integrada por 32 parlamentares reunidos com pesquisadores, médicos, pacientes, representantes da indústria e da sociedade civil, tem por objetivo discutir políticas públicas e demonstrar representatividade do tema entre os deputados.
A Frente é coordenada pelo deputado Caio França (PSB), que também é autor da lei sancionada em janeiro que aprova a distribuição de produtos à base de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo, e vice-coordenada pelo experiente deputado Eduardo Suplicy (PT).
O deputado Caio França (PSB) abriu o evento reforçando a importância da participação popular nas discussões, para que os parlamentares “não fiquem conversando entre si”.
Em entrevista à Cannalize, o deputado chamou atenção para um novo projeto de lei, o 563/2023, que pretende autorizar universidades públicas estaduais a cultivar cannabis para pesquisa e fabricação de medicamentos.
Além disso, o parlamentar explicou que o objetivo da Frente Parlamentar é buscar recursos para “auxiliar projetos sem fins lucrativos de associações canábicas, atestar a qualidade do óleo que está sendo distribuído para as pessoas, e produzir pesquisas que garantam as evidências científicas que eles tanto falam.”
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O deputado Eduardo Suplicy (PT), também conversou com a Cannalize. O veterano confessou estar “bastante otimista”.
“Mais e mais estamos conhecendo casos de pessoas que, tendo doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo e dezenas de outros, estão sendo beneficiadas e tendo sua saúde melhorada a partir da utilização da cannabis medicinal”, disse o deputado. Ele ainda colocou sua expertise “à disposição, com muita alegria, à iniciativa do deputado Caio França.”
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Suplicy também manifestou interesse em trazer a possibilidade de cultivo de cannabis em larga escala para agricultores familiares e o MST (Movimento Sem Terra), além de sugerir a mão de obra de egressos do sistema prisional para reintegrar estas pessoas no mercado de trabalho.
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