Brasil indica Mara Gabrilli para concorrer a mais um mandato na ONU

Brasil indica Mara Gabrilli para concorrer a mais um mandato na ONU

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A senadora já é uma representante do comitê da organização. Em 2024, ela poderá ter a sua atuação prolongada. 

 

Mara Gabrilli, senadora federal e uma das maiores defensoras do uso medicinal da cannabis, foi indicada para disputar mais um mandato na Organização das Nações Unidas (ONU). 

Atualmente, ela já é uma representante brasileira na entidade, na qual faz parte do Comitê das Pessoas com Deficiência. 

O seu posto foi iniciado em 2019 e tem previsão para acabar no final deste ano. A tendência é que Mara fique afastada até 2024, quando poderá concorrer novamente para uma vaga. 

Na próxima definição dos cargos, dentro deste comitê, metade dos participantes serão renovados pela organização. 

“É uma oportunidade grandiosa para mim, de poder continuar esse trabalho enriquecedor, que me dá a possibilidade de trazer para o Brasil o que foi bem sucedido lá fora e levar para outros países as conquistas que já tivemos por aqui”, comenta a senadora em suas redes sociais. 

Função atual  

Foto: Pedro França 

O Comitê das Pessoas com Deficiência conta com 18 representantes, nomeados por diversos países do mundo, como Nigéria, Austrália, Suíça, Coreia do Sul, México etc. 

No caso do Brasil, Mara Gabrilli é a única brasileira presente na bancada, com a marca de ser a primeira pessoa do país a ingressar nesse comitê. 

Ela tem vários projetos sobre o tema, relacionados ao incentivo a realização de pesquisas científicas para a cura de paralisias, apoio a atletas com deficiência e auxílio de pessoas em situações vulneráveis.  

Além do trabalho na ONU, Mara também é senadora da República pelo estado de São Paulo. 

Relação com a cannabis 

Foto: Alexssandro Loyola 

Mara é tetraplégica há mais de 25 anos, devido a um acidente que ocasionou na quebra de partes do seu pescoço. 

A melhora da sua condição só veio depois que a senadora começou a realizar um tratamento à base de cannabis, principalmente pela presença do Tetraidrocanabinol (THC), substância que gera os efeitos alucinógenos da maconha. 

Devido aos benefícios que a cannabis trouxe para a sua vida e para outras pessoas, a senadora começou a levantar a bandeira sobre o tema. 

Em 2019, ela convenceu os senadores da Comissão de Direitos Humano (CDH) a aprovarem a discussão sobre o uso medicinal da cannabis e do cânhamo no Brasil. 

Já em 2020, em entrevista para o portal Sechat, Mara apoiou o PL 399/2015 e afirmou que a proposta não estava andando por os políticos estarem deixando a ciência de lado.

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