Dia Mundial da Epilepsia: histórias reais sobre o tratamento com Cannabis

Dia Mundial da Epilepsia: histórias reais sobre o tratamento com Cannabis

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Os números de casos de epilepsia são bem maiores do que se imagina. A cada mil crianças no mundo, cinco têm a síndrome. Na América Latina, oito milhões de pessoas possuem a doença. 

 

Na última segunda-feira (14/02) foi o Dia Internacional da Epilepsia. A Cannalize fez uma live no Instagram, mediada pela jornalista Tainara Cavalcante, em que duas mães com filhos que sofrem de epilepsia contaram suas histórias e o uso de cannabis no tratamento da doença. 

 

Marilene

A primeira mãe a entrar na live foi Marilene, mãe do Lucas. Seu filho começou a ter crises de epilepsia com apenas quatro anos de idade. 

Durante dez anos, Lucas teve crises em sequência todos os dias, até que aos 14 anos passou 18 horas seguidas convulsionando, perdendo todos os movimentos, só mexia os olhos.

Marilene e os médicos haviam testado todos os remédios, mas sem sucesso. Então, já sem muita esperança, o doutor que cuidava de Lucas desde os cinco anos indicou o tratamento com Cannabis. 

A mãe de Lucas conta que em 15 dias o filho já conseguia movimentar os braços e a cabeça, e, com um mês de tratamento, encontrou seu filho em pé no quarto. 

Hoje, aos 20 anos, Lucas tem qualidade de vida. Anda de bicicleta, dança, canta…

Marilene diz que seu filho já não toma mais nenhum remédio, apenas a Cannabis. Fala também que não lembra a última vez que Lucas teve uma crise. 

Depois de viver de perto a epilepsia, ela decidiu criar uma associação chamada Abrario, que tem como foco auxiliar pessoas com tratamento à base de Cannabis. 

A descrição da associação é:

‘Somos uma associação sem fins lucrativos originária do RJ  compromissada com as necessidades de pessoas que utilizam Cannabis como tratamento terapêutico para diversas condições de saúde.’

 

Andréia

A Andréia é mãe da Isabela e da Isadora. São irmãs gêmeas que sofrem com epilepsia. Diferente do Lucas, que começou a apresentar sintomas aos quatro anos, as irmãs têm a síndrome desde que eram bebês.

Mais de cinquenta crises por dia, paralisia, convulsões… As meninas sofriam demais.  

A mãe, evangélica, reprovava o tratamento com Cannabis alegando que, segundo ela, era coisa do demônio. 

Um dia, sua vizinha, cujo filho também sofria de epilepsia, a convidou para uma reunião sobre o assunto. Ela foi, meio que obrigada, mas foi. 

Desde então sua cabeça começou a se abrir, e pouco tempo depois as filhas começaram o tratamento com o óleo. 

A mãe das gêmeas diz que foi um divisor de águas na vida de toda família. Hoje, as meninas estão bem, praticamente já não têm mais crises. 

Andréia indica o óleo para todos. A cabeça dela realmente mudou, e hoje se considera uma ativista na causa da Cannabis medicinal.

Ouvir essas histórias serve de incentivo para outros pais que têm seus filhos nessa situação. Ou um parente, amigo, que precise do tratamento. 

Muitas vezes, as pessoas sofrem uma vida inteira justamente por não conhecerem o tratamento com Cannabis, ou não saberem os benefícios. 

O preconceito também faz parte dessa história. A Andréia mesmo, mãe das gêmeas, comentou sobre o preconceito que tinha.

Nesta semana do Dia Mundial da Epilepsia, ter uma conversa como essa é fundamental para conscientizar as pessoas sobre o tratamento. 

 

Para quem perdeu a Live, o link está aqui: 

 

 

 

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