‘É importante desmistificar o tratamento com CBD’, diz paciente com autismo

‘É importante desmistificar o tratamento com CBD’, diz paciente com autismo

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Diagnosticada com autismo na fase adulta, a advogada de 38 anos afirma que a cannabis mudou sua vida 

‘É importante desmistificar o tratamento com CBD’, diz paciente com autismo

O diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista) em adultos, é um assunto que vem chamado a atenção nos últimos tempos. Principalmente após várias figuras públicas compartilharem suas experiências, como o apresentador Danilo Gentili, o escritor Thiago Picchi, as atrizes Letícia Sabatella e Leilah Moreno, além de vários outros.

Mas como é possível descobrir assim tão tarde? Diagnosticada com TEA aos 38 anos de idade, a advogada Larissa Argenta compartilhou a sua trajetória de descoberta do autismo.

“Tomei medicações dos 17 aos 34 anos, tentando fechar um diagnóstico que, na época, a hipótese era de Transtorno Afetivo Bipolar. Eu tomei toda a medicação que era prescrita e prevista na psiquiatria para esse transtorno, e nunca funcionou. Quando eu tinha 34 anos, um psiquiatra descartou esse diagnóstico, e suspendeu as medicações. Aos 38 anos de idade, eu recebi meu diagnóstico de pessoa autista”. 

Sem um tratamento efetivo

A advogada também conta que as medicações psiquiátricas que foram receitadas para ela, já não faziam mais efeito.

“Foi então que eu comecei a estudar para tentar descobrir o que poderia me ajudar. Conversando com outras pessoas autistas, elas me falaram sobre o uso do óleo de canabidiol. Vi que tinha estudos científicos de que funcionava bem para pessoas autistas com altas habilidades e superdotação, como é o meu caso“. 

O uso do CBD como tratamento para pessoas autistas têm crescido. Estudos sugerem que o canabidiol, um composto não psicotrópico da planta de cannabis, pode oferecer uma série de benefícios significativos.

O estudo “Experiência da vida real no tratamento do autismo com cannabis medicinal: análise da segurança e eficácia”, por exemplo, analisou 188 pacientes autistas submetidos a tratamento com cannabis e revelou que 30,1% relataram melhora significativa dos sintomas após seis meses de tratamento.

Os principais sintomas melhorados incluíam inquietação, irritabilidade, ataques de raiva, agitação, problemas do sono, ansiedade, constipação e problemas na digestão, com pelo menos 75% dos participantes experimentando essa melhora. 

Benefícios da cannabis para amenizar os sintomas

Muitas pessoas com autismo enfrentam níveis elevados de ansiedade, especialmente em situações sociais ou diante de mudanças na rotina.

De acordo com o Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da APMC (Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide) e consultor médico da NuNature Labs, a redução da ansiedade é um dos benefícios mais notáveis do CBD, permitindo que as pessoas com autismo se sintam mais calmas e à vontade em situações mais estressantes.

“A melhora na comunicação e interação social também é um benefício potencial do canabidiol. Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos ou fixar o olhar em objetos, são características comuns do autismo. Algumas evidências sugerem que o CBD pode reduzir esses comportamentos, melhorando a capacidade de concentração e interação social”, completa o médico.

Os efeitos colaterais mínimos é o que torna o uso do CBD bastante atrativo. “Eu comecei a usar, e foi maravilhoso. É como se eu tivesse renascido. Conheci a sensação de paz e de tranquilidade. É como se eu tivesse experimentado uma vida, uma forma de viver que eu não conhecia: uma forma mais leve, mais em paz, e com mais tranquilidade”, completa a advogada.

Embora o canabidiol tenha demonstrado grandes potenciais benefícios na vida de pessoas autistas, em muitos lugares o uso do óleo de canabidiol ainda é mal compreendido e enfrenta um estigma significativo.

“É importante desmistificar o tratamento”

Larissa é uma ativista na causa autista, e enfatiza a importância de desmistificar o tratamento com CBD. Ela compartilha sua própria experiência, afirmando: “Eu sou ativista na causa autista, eu advogo e palestro pela causa. Então eu faço questão de dizer do tratamento que eu faço, para que as pessoas desmistifiquem o tratamento, e também ajudar para que as pessoas tenham acesso na judicialização, quando necessário.”

Larissa destaca a necessidade de educar o público sobre o uso responsável do canabidiol e o papel que desempenha no bem-estar de pessoas autistas.

É importante observar que o uso de CBD para o autismo é uma área de pesquisa em evolução, e os resultados podem variar de pessoa para pessoa.

”É essencial que qualquer decisão de utilizar o canabidiol como tratamento seja tomada com o acompanhamento de um profissional de saúde, para garantir a segurança e eficácia do tratamento”, alerta o Dr. Flávio.

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