Sem dúvidas, você já ouviu falar de hepatites, conhece alguém que sofre com elas ou até mesmo trata a doença de alguma forma. Mas você sabia que existem tipos de hepatites? Hoje vamos falar sobre a Hepatite A.
Basicamente, a hepatite A é uma doença contagiosa causada por um vírus da que faz parte da família dos Picornavírus, chamado de HAV, que leva à inflamação do fígado e pode levar ao aparecimento de alguns sintomas que atrapalham o dia a dia do indivíduo.
A infecção que o vírus da hepatite A pode causar, acontece principalmente por meio do consumo de água e alimentos contaminados e, por isso, é mais comum de acontecer em locais em que as condições de higiene e saneamento são mais precárias.
Na maioria das vezes, os sintomas desse tipo de hepatite desaparecem sozinhos após alguns dias, no entanto para que a recuperação seja mais rápida, é importante que a pessoa fique em repouso, beba bastante líquidos e tenha uma alimentação leve.
Tipos de Hepatites
Vale ressaltar que existem diversos tipos de hepatite, sendo que estes estão relacionados aos agentes causadores dessa inflamação no fígado.
Hepatite A Causada por um vírus que pode ser transmitido por via sexual, mas também pelo consumo de água e de alimentos contaminados;
Hepatite B: Transmitido de uma pessoa a outra por meio do contato com fluidos corporais, como o sêmen e a saliva. No entanto, a hepatite B também pode ser facilmente transmitida por meio do uso de objetos não esterilizados.
Hepatite C: A hepatite C também é causada por um vírus e tem um meio de transmissão similar ao da hepatite B.
Hepatite medicamentosa: Causada pelo consumo excessivo de certos tipos de medicamentos que acabam por agredir o fígado, causando o processo inflamatório. Esses medicamentos podem acabar sendo, por exemplo, consumidos em sobredosagem pelo paciente, o que desencadeia a doença.
Esteato-hepatite: É causada por uma condição chamada de esteatose hepática. Trata-se de um acúmulo de gordura no fígado que pode acabar resultando em um processo de inflamação no fígado.
Princípios Sintomas
Muitos dos casos de hepatite A normalmente não leva ao aparecimento de sinais ou semanas, sendo percebida apenas após a realização de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado.
No entanto, em alguns casos os sintomas podem aparecer entre 15 e 40 dias após a infecção, sendo os mais comuns:
- Cansaço;
- Tontura;
- Enjoo e vômitos;
- Febre baixa;
- Dor de cabeça;
- Dor na barriga;
- Pele e olhos amarelados;
- Urina escura;
- Fezes claras.
Em casos mais graves, em que surgem lesões no fígado, os sintomas podem surgir de forma mais grave como febre alta, dores no abdômen, vômitos repetidos e pele muito amarelada.
Esses sintomas na maioria das vezes são indicativos de hepatite fulminante, em que o fígado deixa de funcionar. A evolução da hepatite A para hepatite fulminante é rara, acontecendo em menos de 1% dos casos.
Transmissão
Quando se trata de transmissão, a principal via é por via fecal-oral, ou seja, por meio do consumo de alimentos e água contaminada por fezes de pessoas portadoras do vírus.
Dessa forma, quando os alimentos são preparados com más condições de higiene existe um maior risco de ter a doença.
Além disso, nadar em águas contaminadas por esgoto ou comer frutos do mar infectados também podem aumentar a chance de infecção pelo vírus da hepatite A.
Prevenções
Um ponto importante é a prevenção, é muito importante adotar algumas medidas, como por exemplo:
- Tomar a vacina para hepatite A,disponível no SUS.
- Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas ou antes de preparar alimentos;
- Cozinhar bem os alimentos antes de comê-los, principalmente frutos do mar;
- Lavar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e mamadeiras;
- Não nadar em água contaminada ou brincar próximo a estes locais;
- Beber sempre água filtrada ou fervida.
Possíveis Tratamentos
Basicamente, não existe um tratamento específico para a hepatite A, sendo esse baseado, principalmente, em repouso.
O paciente não deve, de maneira alguma, ingerir álcool, e a dieta é aquela aceita pelo médico.
Vale ressaltar que o consumo de álcool não deve ser realizado por um período mínimo de seis meses e deve manter-se por pelo menos um ano.
Na maioria dos casos o paciente fica curado em poucas semanas, desenvolvendo imunidade permanente contra essa doença.
Lembrando que, apesar de normalmente apresentar cura rápida, essa doença pode agravar-se, sendo essencial, portanto, acompanhamento médico especializado.