Já ouviu falar sobre o turismo da maconha? Confira o que é e como ele funciona

Já ouviu falar sobre o turismo da maconha? Confira o que é e como ele funciona

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Vários lugares já estão utilizando a cannabis como forma de atrair turistas. O mercado promete crescer bastante no âmbito global. 

 

Quais critérios você costuma adotar para escolher o destino da sua viagem? Com o avanço da legalização em diversos países, cada vez mais pessoas colocam a cannabis como a principal razão para conhecer algum local. 

Essa situação não acontece somente pela possibilidade de “fumar um” sem enfrentar problemas, mas também pelos passeios que envolvem a erva, conduzidos pelo turismo da maconha

O mercado, apesar de novo, já apresenta grande diversidade e rendas bilionárias para a economia dos países envolvidos. 

Conheça abaixo um pouco mais sobre esse comércio: 

O que é? 

 

O turismo canábico é, basicamente, fornecer experiências envolvendo a planta para os visitantes do local. 

Por mais que esse mercado necessite de legislações mais liberais sobre a cannabis, principalmente em relação aos fins recreativos, ele não se resume somente em ser um lugar em que os turistas possam fumar à vontade. 

Diversos países têm a ideia de implementar sistemas de turismo mais elaborados, com a presença de passeios temáticos, restaurantes, lojas, hotéis e até visitas a fazendas que cultivam a erva. 

Tendência global 

A crescente do turismo canábico chamou a atenção de vários locais. Muitos deles, com maiores planejamentos ou não, usam a erva como atrativo para aumentar os seus números de visitantes. 

Entre os lugares que adotam esse comércio, estão os seguintes países: 

  • Holanda – com a forte presença dos “coffee shops”; 

 

  • Canadá – devido a permissão para consumo, cultivo e produção da cannabis, apesar de ser de forma controlada; 

 

  • Argentina – foco na capital Buenos Aires, com a erva liberada para fumo em locais específicos e quantidades limitadas; 

  • Estados Unidos – um dos países que mais lucraram com o mercado, apesar da legalização parcial; 



  • Portugal – Lisboa, além de capital de Portugal, também é a do turismo canábico no país. O mercado funciona muito pela legalidade local, que permite que cada cidadão porte até 25 gramas de maconha; 


  • Bélgica – Com uma legislação mais restrita, o setor ainda está em desenvolvimento no país. Atualmente, o uso adulto é permitido com a posse de até três gramas por pessoa; 

 

  • Jamaica – região com aspectos diferentes sobre a erva, como a religiosidade e a forte tendência medicinal. 

Situação brasileira 

Assim como tudo o que envolve a cannabis, o Brasil caminha a passos lentos para implementar o turismo canábico. 

As razões se devem a falta de legislações a favor da planta. O uso recreativo, por exemplo, não é permitido e nem existem projetos com alguma situação avançada sobre o tema. 

Apesar da falta de regulamentações, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), a expectativa é de que o mercado nacional gere US$30 bilhões até 2030

Fator econômico 

Sem dúvidas, tudo que envolve a cannabis gera bastante dinheiro. Com o turismo, isso não é diferente. 

Somente nos Estados Unidos, de acordo com um levantamento da revista Forbes, esse comércio já rendeu mais de US$17 bilhões para a economia local

Além dos gastos com as experiências com a maconha, os turistas também ajudam a alavancar outros setores, como a alimentação, o lazer e os impostos para o governo. No país norte-americano, as áreas adicionais renderam US$12,6 bilhões. 

Entretanto… 

coffee shop

O turismo canábico não agrada a todos países. Fora os que não são legalizados, a Holanda, por exemplo, começa a repensar a atuação deste comércio.  

Femke Halsema, prefeita de Amsterdam, quer proibir o acesso dos turistas aos coffee shops locais. Segundo ela, a procura dos visitantes pela maconha acaba gerando a busca por outras drogas e, de certa forma, prejudica o mercado interno. 

A medida não tem uma data exata para acontecer, mas deve ser implementada nos próximos meses.

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