Número de profissionais que prescrevem cannabis ainda é baixo

Número de profissionais que prescrevem cannabis ainda é baixo

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Segundo dados da Anvisa, menos de 1% dos médicos prescreviam cannabis no Brasil até o ano passado.

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2015 e 2020, apenas 2.100 médicos prescreviam cannabis no Brasil. O número é inferior a 0,5% dos profissionais habilitados no país.

Atualmente, qualquer um dos mais de 487 mil médicos com o Conselho Regional de Medicina (CRM) ativo podem prescrever produtos à base de cannabis. O que é, inclusive, requisito mínimo para se obter o fitofármaco.

Contudo, nem 1% dos profissionais receitam cannabis. Sem contar que a maior concentração dos médicos que fazem a prescrição, estão em São Paulo e Rio de Janeiro. 

Imagem: stock.adobe

Medicina nova

No entanto, a cannabis é uma terapia relativamente nova. No Brasil, as importações, por exemplo, só foram possíveis em 2015, quando foram de fato regulamentadas. 

O estudo do Sistema Endocanabinoide, por onde a cannabis trabalha no organismo humano, só entrou nas universidades há pouco tempo também e não está em todas.

Por isso, atualmente há algumas iniciativas que visam habilitar médicos para receitarem o fitofármaco. 

Capacitação

Projetos que chegaram a algumas universidades, como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (UFRN) que criou um curso voltado para estudantes e profissionais da saúde sobre o uso terapêutico da cannabis.

E não só para médicos, mas os alunos de biomedicina e farmácia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), também já tem a matéria de cannabis em suas grades. Ela serve para capacitar os profissionais terapêuticos para usar a cannabis na profissão.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também oferece cursos sobre cannabis, tanto EAD, quanto em parcerias com entidades, como o curso realizado na Paróquia do Padre Ticão, na zona leste.

Lá o curso é voltado para todos os públicos e certifica um número alto de pessoas todos os anos. Só em janeiro deste ano, a universidade anunciou 6 mil vagas só para o curso de cannabis.

Recentemente a Universidade de São Paulo (USP) lançou o seu primeiro curso sobre o Sistema Endocanabinoide online,  através da Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas.

Voltado para médicos e eventualmente profissionais da área de odontologia, o curso à distância é uma capacitação para aqueles que desejam prescrever cannabis aos seus pacientes.

 

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