Cuidados com a pele não são meramente estéticos, e segundo estudos, a pele reage bem às propriedades anti-inflamatórias e anti-envelhecimento da cannabis
A pele é o maior órgão do corpo, e por isso, a proporção de cuidados precisa ser equivalente. As preocupações mais comuns passam pela atenção estética quando pensamos em flacidez, manchas e cicatrizes, encontrando soluções preventivas em rotinas de skincare para a prevenção de rugas e reflexos do tempo.
No entanto, cuidados com a pele não se limitam meramente à estética. A exposição à luz solar, por exemplo, é um dos fatores de risco mais preocupantes para o câncer de pele. Além disso, existem outras doenças como psoríase, dermatite, melasma e acne que precisam de acompanhamento médico.
Uma das formas mais comuns de atentar-se à saúde da pele é observar os níveis de colágeno. Esta substância é naturalmente produzida pelo corpo, e possui muitos tipos, sendo encontrada na pele, unhas, cabelos e articulações, mas também pode ser suplementada quando se identifica um déficit na produção natural do corpo.
Para algumas marcas do setor, não é absurdo pensar em tratamentos dermatológicos que envolvam a cannabis, já que a pele também tem receptores do sistema endocanabinoide. Por isso existem cremes, pomadas, balms e séruns com canabinoides em sua formulação
No entanto, a fabricante colombiana Okii prefere ser um pouco mais inventiva, associando o colágeno hidrolisado ao CBD (canabidiol) em pó. Para a marca, esta pode ser uma boa combinação para um cuidado completo com a pele.
Em prol de “melhorar a beleza natural”, o colágeno hidrolisado enriquecido com canabidiol em pó da Okii promete retardar o aparecimento de rugas, aumentar a elasticidade da pele, fortalecer o cabelo e previne a celulite, além de contribuir para a saúde das articulações e ossos; enquanto fortalece o sistema imunológico.
Mas como assim cannabis para a pele?
O uso de canabidiol para condições dermatológicas é estudado desde 2020. Segundo uma revisão farmacológica britânica, o sistema endocanabinoide da pele reage bem às propriedades anti-inflamatórias e anti-envelhecimento dos canabinoides.
Já a extração para fazer o canabidiol em pó não é muito diferente dos demais. A substância é retirada da planta e transformada em um componente sólido e seco.
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Em países em que a substância é menos restrita, a fórmula costuma ser vendida isolada, ou seja, sem outros elementos da planta, como o Tetrahidrocanabinol (THC) e terpenos. Apenas o CBD 99% puro.
E como funciona o colágeno?
O médico Guilherme Marques explica que o colágeno “é um dos principais componentes que garantem a estrutura, estabilidade e força da nossa pele”. Esta molécula compõe boa parte das Fibras Colágenas que, por sua vez, fazem parte do tecido conectivo/conjuntivo, e está presente em todo nosso corpo, mas principalmente na pele, numa superfície mais profunda chamada derme.
O colágeno é produzido naturalmente pelo corpo, inclusive quando é necessária a cicatrização e regeneração da pele. Inclusive, é daí que vêm os procedimentos estéticos como ácidos, laser, peeling ou microagulhamento, ou seja,
Estes procedimentos tratam de gerar propositalmente pequenos danos para que seja requerido mais colágeno para regiões estratégicas, buscando a cicatrização natural com a ação do próprio corpo.
Isto porque, segundo o médico, não é possível incentivar a produção da substância com pomadas. “Um produto tópico geralmente é absorvido pela epiderme, e dificilmente vai alcançar o nível profundo da pele que abriga o colágeno. Além disso, o colágeno é uma molécula muito grande para ser absorvida pela pele”
Como tratamento complementar a estes procedimentos, e também após cirurgias ortopédicas vinculadas a cartilagem e ligamentos, suplementos de colágeno como o Okii Collagen Health são oferecidos no mercado com o intuito de completar a produção natural desta substância no corpo, garantindo a recuperação da área afetada.
No entanto, o médico alerta para a falta de estudos robustos que garantam que o colágeno suplementado será absorvido exatamente pela região afetada, ou de maneira correta.
“Alguns estudos utilizaram outras substâncias como Vitamina A, C, E e Zinco, o que pode enviesar a análise. Além disso, a idade dos pacientes avaliados apresentam diferenças que dificultam uma análise minuciosa.”
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