Paciente encontra na cannabis uma solução para a epilepsia e decide transformar em negócio

Paciente encontra na cannabis uma solução para a epilepsia e decide transformar em negócio

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O brasileiro resolveu criar um aplicativo para conectar pessoas apaixonadas pela cannabis e agora, chegou ao Brasil para conectar também pacientes e associações. 

O paulistano João Paulo Costa, de apenas 36 anos, fez sucesso na Europa e na América do Norte, com o aplicativo Who Is Happy, que ajuda a conectar pessoas que consomem a erva. Hoje, ele visa aproximar pacientes que utilizam a cannabis medicinal no Brasil.

Ele teve a ideia há anos, mas não houveram interessados no Brasil. Por isso, ele resolveu tentar em outros países. Deu certo, mais de 400 mil pessoas já baixaram e foi um dos apps mais baixados da apple store no ano passado.

O aplicativo também está disponível na versão Android.

Em entrevista ao Cannalize, o CEO complementa ainda, que pretende conectar associações e ONGs, a fim de facilitar a vida dos pacientes com informações detalhadas e mapas para ajudar na localização.

Ele também não descarta as funções do app para o uso recreativo também. “O nosso papel é conectar apaixonados por cannabis (…) Suporte para todo o ecossistema.  Todo o universo que envolve, tudo o que a gente pode atuar legalmente como auxilio, a gente vai atuar” complementa.

O aplicativo, que em português significa “Quem está feliz?” foi lançado na segunda feira (29/06/2020) na língua portuguesa e já possui comentários e avaliações nas lojas de app. O CEO acrescenta que em tempos de isolamento, o aplicativo pode ajudar ainda mais.  

A sua história com a cannabis

O paulistano teve epilepsia refratária na adolescência. Quando ele tinha 16 anos, as crises estavam tão fortes que ele precisou usar remédios controlados. No entanto, as medicações o afetaram muito, e ele continuava tendo crises.

João Paulo conta que não podia tomar café, não podia ser acordado, tinha que ter cuidado com os sons e luz, pois qualquer coisa poderia ocasionar as convulsões. Por conta dos remédios, ele teve uma baixa de glóbulos brancos, onde o seu próprio organismo já estava combatendo as medicações. “mas os médicos sempre me falavam para eu não consumir cannabis” complementa.

No entanto, ele decidiu usar mesmo assim. Depois que começou a fazer uso da cannabis, a vida de João voltou ao normal. Hoje ele pode tomar coca-cola, dormir a hora que quiser e deixou as medicações fortes de lado.  

“Por isso que eu falo que a cannabis é o meu recreativo, o meu medicinal e a minha profissão, é basicamente tudo na minha vida” conclui.

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