Pesquisa mostra que a maioria dos lutadores de UFC utilizam a cannabis medicinal

Pesquisa mostra que a maioria dos lutadores de UFC utilizam a cannabis medicinal

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O estudo feito nos Estados Unidos mostrou que a cannabis tanto para fins medicinais quanto recreativo tem se tornado cada vez mais comum na vida dos pugilistas.

Uma nova pesquisa realizada no país da América do Norte mostrou que quase 80% dos lutadores fazem o uso do CBD para fins terapêuticos. Metade dos 170 participantes do estudo também faziam o uso da cannabis recreativa.

Para quem não sabe, o canabidiol (CBD) é um elemento isolado da cannabis que não leva efeitos psicoativos, ele é mais utilizado para remédios.

A pesquisa foi realizada por Jeff Novitzky, vice-presidente sênior de saúde e desempenho do atleta no UFC. O estudo mostrou que o relacionamento dos esportistas com a cannabis é cada vez mais normal. Como por exemplo, o pugilista Frank Sharmrok, que revelou que faz o uso da cannabis há vários anos, para relaxamento e também para recuperação.

O lutador de MMA de Toronto, Elias Theodoro, também utiliza a cannabis tanto para fins medicinais quanto recreativos. Em decisão histórica, ele foi o primeiro a receber uma isenção do uso da planta pela Comissão Atlética do BC no começo de 2020.

A decisão não veio fácil, o pugilista milita pela causa há anos. Em 2018, ele já se posicionava sobre o tema e lutava pelo fim da proibição da cannabis pela USADA (Agência Antidoping Americana).

Foto: UFC

O tema já circulava pelos ringues há alguns anos, quando outro atleta tocou no assunto em 2016. Nate Diaz ficou conhecido por causar tumulto em uma conferência de imprensa pós-luta. No meio da entrevista ele sacou um vaporizador de CBD e começou a usá-lo normalmente.

Desde 2017 a USADA suspendeu a proibição do canabidiol, no entanto, os lutadores ainda querem mais. Isso porque entidades estaduais ainda relutam o uso da cannabis, principalmente o uso do THC, o composto da cannabis que gera os efeitos alucinógenos.

A Agência Mundial Antidoping (AWA) proíbe qualquer atleta de usar maconha, salvo em épocas fora de períodos de campeonatos e competições oficiais.

Não foram raros os casos que os atletas de UFC foram suspensos pelo uso da substância. Como por exemplo, Derik Lewis, que não teve nenhum receio de falar que usou maconha na semana antes de uma partida importante em fevereiro de 2020.

Uso no esporte

A cannabis não está apenas no universo das lutas, na última semana, outro caso no basquete também ganhou repercussão.  A NBA retirou a cannabis dos testes antidopings, pelo menos nos próximos jogos em Orlando, gerando debates prós e contras sobre o assunto.

A Liga Nacional de Beisebol (MLB) dos Estados Unidos também suspendeu a maconha da lista proibida, no entanto sem o abuso da substância sob pena de punições disciplinares.

Lembrando que diversos estudos têm mostrado que a maconha não tem a capacidade de melhorar o desempenho dos atletas. Além disso, o composto CBD ajuda apenas no tratamento de doenças e dores.

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