Perdemos Gloria Maria e Raphael Mechoulam, mas conquistamos Cannabis no SUS e descriminalização do porte de drogas. E é só o começo!
É dezembro e nós estamos em ritmo de retrospectiva. 2023 foi um ano bem cheio, então dividimos nossa lista em três partes. Esta é a primeira parte, e ao longo das próximas semanas soltaremos as próximas.
Chegou a hora da Retrospectiva Cannalize!
O ano político brasileiro começou com a esperança de um governo mais progressista, com a nomeação de defensores da cannabis nos ministérios. Exemplo disso é a Ministra da Saúde, Nísia Trindade. Nossos vizinhos argentinos também se atualizaram sobre a produção canábica. Já na Europa, houve mudanças na França, na Itália e na Grécia.
Ainda no primeiro trimestre, a importação de flores era permitida, lembra? Esta brisa favorável influenciou artistas como Marcelo D2 e Matuê. Em São Paulo, bons ventos também empurraram o bonde canábico, com a sanção do governador à cannabis no SUS e a formação do primeiro grupo de trabalho sobre este assunto.
Ainda na primeira parte do ano, perdemos referências no meio canábico, como Raphael Mechoulam e Glória Maria. Mas as notícias boas foram a descoberta brasileira de que o CBD pode impedir a cegueira, a criação do dia da cannabis medicinal e a possibilidade do STJ decidir sobre o cultivo no Brasil.
Parece que as coisas começaram a correr no segundo trimestre, quando começamos a falar mais profundamente sobre o cânhamo, quando a descriminalização do porte de drogas voltou à pauta do STF e quando começou a se especular sobre a proibição da importação de flores. Em junho, formou-se a Frente Parlamentar de Cannabis Medicinal em São Paulo, que pode definir os rumos do assunto no país inteiro.
Uau, que ano! E ainda estamos no começo! Semana que vem a gente continua com a parte 2.
