A pesquisa, ainda em andamento, só investigou pouco mais da metade dos municípios, o que pode indicar um gasto ainda maior
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De acordo com pesquisa inédita do Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde) do Rio de Janeiro, apenas 55 dos 92 municípios investigados– a pesquisa está em andamento – gastam em torno de 8,7 milhões por ano para custear o tratamento de pessoas que requisitaram o fornecimento da Cannabis ao Judiciário.
Para a vereadora Luciana Boiteux (Psol), esses valores poderiam ser investidos em uma política que busque realizar esse fornecimento no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) para alcançar um número maior de beneficiários a um menor custo.
Apesar desses gastos, não há uma garantia de que os pacientes recebam esses medicamentos. Há casos em que as famílias ficam em luta por anos para que a prefeitura cumpra a decisão judicial.
Novo relatório
A pesquisa foi citada no relatório das atividades e ações realizadas em 2023 voltada especificamente para a cannabis medicinal no estado do Rio de Janeiro. O documento ainda concluiu que o cultivo pode ser uma saída para diminuir os custos.
“A produção em território nacional em parceria com associações de pacientes, nas farmácias vivas do SUS e junto a agricultores familiares, são alternativas que podem baratear esses custos, gerar empregos e receita para os estados e municípios”, destaca o relatório.
Outro ponto levantado foi a necessidade de capacitação dos profissionais de Saúde do SUS em relação às propriedades terapêuticas da planta e a prescrição médica.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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