Estamos em Setembro de 2022 e nunca se falou tanto sobre maconha.
O Brasil parece até um outro país. Pacientes importam flores a preços acessíveis, empreendimentos surgem, clínicas especializadas em cannabis brotam nas esquinas e artistas abertamente envolvidos com o tema, agora investem em negócios e fomentam um mercado com potencial jamais visto na história da humanidade.
Mas para muitos, ainda vale o Brasil do passado.
Ainda vivemos em um país proibicionista, que se orgulha de, ano após ano, destruir toneladas e mais toneladas de maconha em uma guerra condenada.
Jardineiros ainda são presos, pacientes ainda são criminalizados, médicos são perseguidos e o Estado faz o possível para dificultar o acesso daqueles que não tem condição financeira para bancar um tratamento com dignidade.
Um caminho ainda difícil
Defender a existência da cannabis em solo brasileiro ainda é algo completamente impensável para uma vasta parcela da nossa sociedade.
Quando aceito por pessoas um pouco mais conservadoras, o seu uso se limita ao CBD, ignorando o efeito comitiva, que faz desta planta uma das mais potentes armas contra centenas de patologias.
É preciso votar direito
Em época de eleição, nós pacientes de cannabis devemos prestar atenção nas vozes que se levantam em meio aos inúmeros candidatos, para falar a favor deste santo remédio.
Nosso papel como parentes, pacientes, jardineiros, médicos, associados e ativistas, além de exercido através da desobediência civil e da luta por direitos, se estende às urnas, onde teremos a oportunidade de selecionar aqueles que estão do lado verde da força. O nosso lado.
Que em 2022 comece uma nova etapa da política brasileira, onde se discuta a guerra às drogas, o acesso à saúde, a qualidade de vida e o verdadeiro papel do Estado na vida dos cidadãos brasileiros.
Que esse movimento ganhe força agora, para que um dia os proibicionistas olhem para o Brasil do passado pensando em como fazer o seu pedido de desculpas.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
