Mesmo proibidos, produtos são anunciados burlando regras de anúncio, e maioria dos produtos testados nem sequer tem canabinoides
Com informações da High Times
Recentemente, uma empresa de pesquisa de consumo que visa melhorar a segurança e a transparência em torno dos produtos de cannabis, a CBD Oracle, voltou sua atenção para gomas de CBD e outros produtos de cânhamo disponíveis para compra na Amazon.com.
Embora a Amazon não permita tecnicamente produtos CBD, a CBD Oracle entendeu que os vendedores no site contornem esse obstáculo evitando o termo “CBD” e, em vez disso, usando “hemp” (“cânhamo”) nas embalagens e nas descrições dos produtos.
Para tirar a teima, a CBD Oracle testou 56 dos produtos mais populares do site, através de um laboratório especializado. A maioria dos produtos (80%) eram gomas, sendo oito tinturas, dois cremes tópicos e um pacote de balas.
Entre os produtos testados, apenas 30% realmente continham CBD (Canabidiol) e 11% continham THC (Tetrahidrocanabinol), mesmo com as vendas proibidas pela plataforma.
A maioria dos produtos testados (35 de 56 produtos, ou 62,5%) não continham canabinóides e mais de um terço (24 de 56 produtos, ou 43%) não continha cânhamo.
O relatório também confirmou que 96% dos produtos testados não anunciavam uma dosagem precisa, e 95% dos produtos não forneciam Certificados de Análise (COA), normalmente considerados essenciais para empresas respeitáveis que vendem produtos de cânhamo.
Palavra “hemp” é tática de venda
Procurado pela High Times, o CEO da Neurogan, Jan Brandup, disse que os “produtos de cânhamo” da Amazon não estão relacionados ao cânhamo real e usam o termo como uma tática de vendas.
“É alarmante a facilidade com que os consumidores são enganados e fazem-nos confiar nestes produtos, só porque são vendidos numa plataforma respeitável como a Amazon”, disse Brandup. “O melhor caso é que eles podem esgotar sua carteira.”
O CEO do Sunday Scaries, Mike Sill, concordou, “A razão para isso é que marcas confiáveis não podem vender na Amazon sem serem banidas.”
Segundo Mike Sill, uma vez banidas da Amazon, estes anunciantes charlatões essencialmente mudam a marca com um novo nome e embalagem apenas para recarregar os mesmos produtos no site e continuar as vendas.
“Seu modelo de negócios não inclui foco na construção de uma marca respeitável e no fornecimento de produtos da mais alta qualidade e seguros aos consumidores; eles estão apenas procurando uma venda rápida e farão o que for necessário para permanecerem ‘vivos’ na Amazon”, disse Sill.
