Associação canábica brasiliense organiza manifestação contra a resolução do CFM

Associação canábica brasiliense organiza manifestação contra a resolução do CFM

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A resolução nº 2.324 restringe a prescrição de cannabis a um número muito seleto de enfermidades e, para a associação, a decisão pode ter origem em interesses pessoais.

Sede do Conselho Federal de Medicina, em Brasília. Foto: Reprodução

Está marcado para esta sexta-feira (21), em Brasília, um protesto contra a resolução nº 2.324 do Conselho Federal de Medicina, que limita o uso de cannabis em tratamentos médicos. Encabeçado pela associação de pacientes “Curando Ivo”, a manifestação convoca médicos, pesquisadores, ativistas e o público em geral a participar do ato em frente à sede do Conselho, no Setor de Grandes Áreas Sul, 915, na Asa Sul, na capital federal.

A resolução restringe a prescrição de cannabis a um número muito seleto de enfermidades, como epilepsias de difícil controle de crianças e adolescentes em casos de Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa, além de estudos clínicos autorizados pelo Sistema CEP/CONEP (Comitê ético de pesquisa).

Esta restrição influencia diretamente no trabalho da associação, pois o grupo cuida de casos de Alzheimer, uma enfermidade cujo tratamento com cannabis não poderia ser receitado por um médico. 

Decisão ‘arbitrária’ deixa pacientes indignados

O intuito da manifestação é mostrar indignação com a decisão do Conselho, como explica Filipe Suzin, representante da associação, que ficou muito conhecido no Brasil inteiro ao divulgar a história do seu pai, o Seu Ivo. Suzin está à frente da associação Curando Ivo.

“E uma forma de colocar publicamente esta revolta, pois não só o Alzheimer, mas muitas outras patologias também foram esquecidas. Temos que questionar e pressionar pra que aconteça uma mudança.”

Para Filipe, a decisão é completamente arbitrária, e pode ter origem em interesses pessoais.

“Eles [CFM] não tem sequer embasamento clínico. A cannabis fez uma revolução na nossa vida, os resultados são explícitos. É revoltante que esta decisão seja tomada sem considerar uma classe inteira de pacientes que trazem em si a prova de que o tratamento funciona. As coisas se conectam muito, é um movimento orquestrado pela ambição de lucrar com a área da saúde, para isolar a produção de canabidiol a quem está junto com eles.”

Leia também: Ministério Público Federal instaura procedimento para apurar resolução do CFM

Consulte um médico 

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e inclusive, indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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